A L-carnitina é um aminoácido importante na regulação do metabolismo: entre suas diversas funções, participa da oxidação de ácidos graxos durante o estresse e proporciona o uso mais eficiente dos AGCL (ácidos graxos de cadeia longa). Por causa desse potencial, a L-carnitina é aplicada por praticantes de atividade física no intuito de retardar a instalação da fadiga. Afinal, o exercício físico também pode ser considerado uma situação de estresse.
Algumas pesquisas se propuseram a determinar se a suplementação de L-carnitina resultaria na preservação do glicogênio muscular (fonte de energia) em decorrência do aumento da oxidação lipídica durante o exercício. A suplementação exerceria então uma influência positiva, aumentando a capacidade de tamponamento de piruvato e diminuindo o acúmulo do lactato muscular e reduzindo, então, a fadiga central.
No entanto, em trabalho realizado por Fritz na década de 50, a administração de L-carnitina não modificou o metabolismo energético durante o exercício num estado de depleção de glicogênio, mesmo quando a taxa de oxidação lipídica era duas vezes maior do que a observada no estado normal. Revisões recentes da literatura continuam mostrando que a sua suplementação não parece favorecer a atividade física, embora o potencial teórico exista.
Bibliografia (s)
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